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Legítima Defesa: Evoluindo de ovelha à leão, você é capaz de matar?



Por que ser um combatente urbano, o que isso significa? Ser responsável por sua segurança e de sua família é a meta base para todo homem. Eu sei que vivemos numa era de hoplofobia, onde a maioria dos homens se tornaram covardes e se afeminaram, estamos vivendo a "era do politicamente correto". Por isso mais do que nunca temos que ser fiéis a nossa essência primal não abandonando nossa rusticidade, sendo capazes de sermos brutais quando necessário para protegermos nossas famílias. Na matéria de hoje veremos não só o que é ser um sobrevivencialista como também como nossa sociedade se divide de acordo com suas personalidades dentro da selva de pedra.


Observação importante: As informações presentes nesta matéria são para o público maior de 18 anos, para fins de conhecimento didático, e treinamento combativo baseado na legítima defesa e estrito comprimento legal que estão em nossa constituição e Código Penal. O uso indevido dessas informações, bem como suas consequências é de responsabilidade única e exclusivamente de quem praticar e desobedecer a lei. Então use o cérebro.

Depois de ler a mensagem acima podem iniciar a leitura do artigo abaixo:


1. Você é capaz de matar?

Eu sei, é uma pergunta estranha, mas é necessário que entenda se você quer praticar autodefesa de maneira real e séria deve entender que isso significa que vai aprender a machucar pessoas. Dentro de uma escala de violência isso pode significar fazer uma simples chave de braço para conduzir um baderneiro para fora de um recinto ou em situações grave matar de maneira reflexa rápida e brutal para salvar sua vida e de seus entes queridos.

Então se isso não é pra você, isso vai contra seus princípios morais teofilosoficos não continue lendo, pois isso não é pra você. Infelizmente nem todos nós podemos contar com uma equipe de guarda costas armados e preparados para proteger nossas famílias, daí buscamos manter nossas preparações. Adquirindo conhecimento, aprendendo técnicas, conhecendo equipamentos.


Em autodefesa urbana ao contrário do que pregam muitos grupos “pacifistas” o ato de matar não é uma opção é uma necessidade para a sobrevivência em muitos casos. A nossa própria realidade brasileira de 65.000 homicídios e latrocínios anuais, 62.000 estupros, 149 facções criminosas de norte a sul do país, nos mostra a inocência de achar que o Estado pode te proteger é absurda. Achar que métodos paliativos e equipamentos nascidos para satisfazer esses movimentos pacifistas como aparelhos de choques e sprays de gengibre ou pimenta. Por isso nesta obra reuni informações para que você tenha uma base sobre o que existe e reflita sobre o que possa servir para montar sua autodefesa.


Autodefesa como o próprio nome sugere é pessoal, pois cada pessoa tem uma forma de se expressar, mesmo no combate. Uns são mais rápidos, outros mais fortes, cabe cada um analisar as suas próprias qualidades e limitações, para priorizar quais técnicas e recursos que deve investir mais para ser um combatente urbano mais qualificado.



Por que ser um Sobrevivencialista Urbano?

Desde o início de sua história, o ser humano sempre buscou se proteger, mesmo quando ainda nem havia uma sociedade estabelecida. Através de ferramentas rústicas, tais como lança, machadinha, e outras coisas feitas de madeira e pedra ele mantinha a sua segurança, a do seu grupo e dos seus pertences. Conforme esses grupos foram crescendo o direito natural foi o guia para que se mantivesse a ordem no grupo, quem não se adequasse podia ser banido ou morto, ou pagar algum tipo de compensação. Só que com a fixação das comunidades em áreas, o homem deixando de ser uma criatura nômade e criando as primeiras comunidades foi preciso que normas fossem descritas para que ficasse firmado perante todos, um contrato social.


Porém apesar de todos os avanços que foram tendo as leis em relação a direito a vida e propriedade conforme a sociedade foi evoluindo, algumas pessoas continuaram percebendo que precisavam assim como o homem primitivo continuar se preparando, mantendo a sua segurança e a sua família, que o Estado mesmo presente não era suficiente, uma vez que apesar de todos os avanços continuamos a sermos seres instintivos, e em virtude disso muitos homens põe o desejo de saciar os seus instintos acima de qualquer valor moral estabelecido.

O autor americano tenente-coronel aposentado do Exército dos Estados Unidos Dave Grossman, professor de psicologia ministrou palestras em grupos operacionais e agências de inteligência do mundo todo, ele desenvolveu a killologia para fazer de homens comuns combatentes eficientes.

Tenente-coronel Dave Grossman criador da killologia.


Em seu livro Grossman cita em um capítulo que em entrevista a um veterano de guerra, esse veterano classificou o ser humano em três grupos:



Ovelhas: Suave, decentes, criaturas gentis que são essencialmente incapazes de verdadeira agressão. A ovelha faz de conta que o lobo nunca virá, e geralmente não gostam dos cães pastores (Agentes da área de segurança). Pois para as ovelhas eles se parecem muito com os lobos, dentes afiados e a capacidade para a violência. A diferença, no entanto, é que o cão pastor não deve, não pode e não irá nunca machucar as ovelhas. Qualquer cão pastor que intencionalmente machuque a ovelhinha será punido e removido. Ainda assim, o cão pastor incomoda a ovelha. Ele é uma lembrança constante que há lobos lá fora. Esse grupo de pessoas surgiu com o desenvolvimento das primeiras cidades: Vivendo no mundo das ideias políticos, filósofos, lideres religiosos deixando o perfil do homem guerreiro para trás.


O número de natalidade na Grécia antiga por exemplo acabou caindo devido a virilidade dos habitantes ir desaparecendo sobrando assim apenas idosos, foi necessário que o conselho de anciãos por meio da criação da festa a deus Dionísio com distribuição de vinhos gratuitamente e mulheres nuas em carros alegóricos nas ruas principais conseguisse que mulheres fossem fertilizadas. Essa festa foi nomeada como Carnaval, festa da carne.


Hoje em uma cultura predominantemente virtual, o homem contemporâneo se afastou mais e mais de sua virilidade, buscando apadrinhamento do Estado. Como já dizia em suas obras o filósofo alemão Friedrich Nietzsche o homem fraco foi ocupando os principais cargos sociais em suas ideologias imateriais fazendo que uma nova cultura repudiasse o homem forte guerreiro e autossuficiente, o Übermensch. Descrito em sua obra “Assim Falou Zaratustra”, explica inclusive os passos através dos quais um homem pode se tornar esse 'além-homem' (homo superior, como no inglês Beyond-Human a tradução também pode ser compreendida como Além-do-humano).


Ter uma mente própria: Através da transvaloração de todos os valores do indivíduo;


Ter ambição: Através da sede de poder (vontade de potência), manifestado criativamente em superar o niilismo e em reavaliar ideais velhos ou em criar novos;


Sempre adquirir conhecimento: Por meio de um processo contínuo de superação.


Por isso nós sobrevivencialistas sofremos tanto com ONGs, associações, grupos políticos, movimentos desarmamentistas e heterofóbicos infelizmente apoiados por próprios membros da sociedade que tem medo e rejeita o uso da violência, e acima de tudo, são hoplofóbicos, não aceitam a responsabilidade da autoproteção ou de suas famílias.

Interessante que no filme MATRIX, o personagem Morpheus fala para o Neo que as pessoas se tornaram tão frágeis por causa da doutrinação do sistema que elas chegam a lutar por ele para mantê-lo mesmo que as regras tirem a sua liberdade.


Cão pastor: Fiel, criaturas vigilantes que são muito capazes de agressão, quando as circunstâncias o exigirem predisposto a enfrentarem os lobos (psicopatas). Dave Grossman ainda escreve em seu livro que os "cães pastores" são valiosos e contribuem como membros da nossa sociedade, e é apenas em tempo de guerra ou em forças policiais, que estes características pode ser observadas.

Lobos: Há os lobos, que alimentam-se das ovelhas sem perdão. Matilhas de cães selvagens solto na terra (bullers, terroristas, membros de facções criminosas). Segundo Dave Grossman o veterano ainda diz:


"Aprendi cedo na vida que existem pessoas lá fora que vai prejudicá-lo se for dada a chance, e eu tenho dedicado a minha vida para estar preparado para enfrentá-los.”



Para muitas pessoas é difícil conceber que existam pessoas capazes de crimes hediondos pelo simples prazer, mas as imagens acima ilustram como a maldade humana não tem limites.


Psicopatas vivem entre nós desde o inicio dos tempos, foram eles que deram origem a lendas na idade média como lobisomens, vampiros e bruxas, pois a população não acreditava que seres humanos poderiam ser capazes de atrocidades como as das imagens acima. Assim diante dessa dura realidade algumas pessoas sempre buscam cada vez se preparar para as crises, mudanças sociais, e contra os predadores urbanos para poder ter uma vida com maior qualidade e segurança assim como a seus familiares. Esses grupos são chamados sobrevivencialistas, eles procuram ter uma qualidade de vida alta, uma "sobre" vida.


Ao longo do tempo foi se verificando que não bastava apenas um homem saber lutar, pois a questão de sobrevivência é muito mais técnica e ampla e envolve várias áreas, como conhecimento em defesa pessoal, arma de fogo, segurança residencial, primeiros socorros, psicologia, estocagem de suprimentos prevenção à violência e acidentes.



Evolução do Combate Urbano

Na humanidade, temos a evolução dialética histórica, onde cada fato histórico gera uma nova resposta criando novos fatos. Quando foi criada a primeira estrada de ferro na época da Revolução Industrial, houve uma evolução também na parte comercial, pois agora poderia ser transportado minério e madeira com muito mais velocidade, para empresas distantes que produziam diversos novos produtos gerando novos empregos e cargos na época. Outro exemplo importante foi na Era das Trevas, onde o mundo vivia em meio a fatos míticos, e graças à queda do poder da igreja tivemos o Iluminismo nos permitindo migrar para o mundo empírico, onde o homem pode questionar, e assim trilhar o caminho do conhecimento sem ser queimado em uma fogueira.

Paredes com pictogramas demonstrando uma antiga arte marcial de 2800 AC no Cairo.


No mundo das artes marciais é a mesma coisa, desde o início do mundo surgiram diversas formas de defesa pessoal, já que o homem sempre teve a necessidade de se proteger, assim como sua família, e os seus bens. Muitas formas de defesa surgiram e desapareceram sem deixar registro histórico de sua existência. Nós temos registros de artes marciais desde a África antiga de 4800 antes atrás no Cairo, onde pode se ver figuras em posições de defesas e ataques, torções, chaves, e uso de armas como facas e bastões nas paredes em antigas construções.


Na Grécia antiga também temos conhecimento do surgimento de diferentes formas de artes marciais: Pancrácio uma mistura de boxe clássico e luta olímpica com golpes e técnicas de lutas que incluem socos, chutes, cotoveladas, joelhadas, cabeçadas, estrangulamentos, agarramentos, quedas, arremessos, derrubadas, imobilizações, torções, chaves e travamento das articulações; o Pugilanato, que é o antepassado do Boxe, e o Pále também conhecido como wrestling grego, que deu origem ao estilo greco romano moderno. Em várias regiões da terra mesmo aqui no Brasil temos diversas artes marciais, a Capoeira, a Esgrima crioula, Grappunch, Haecon-do, Jiu-jitsu brasileiro, Karate Machida, Karate Shubu-Do, Kombato, Morganti ju-jitsu, Seiwakai, Tarracá, Aipenkuit, Huka-huka, Idjassú, Luta marajoara, Maculelê, Artes marciais mistas.

Mas é fato que vários países, inclusive o Brasil, quando houve a presença do governo ditatorial, as artes marciais não foram bem vistas, assim como o porte de armas, pois povo armado é um povo que pode se manifestar contra as injustiças do governo, por isso Hitler adotou a política do desarmamento, antes da tomada do poder pelo Nazismo.


Nesse prisma, houve muitas artes marciais que sumiram, outras para sobreviver se submeteram a exigências do governo local, como por exemplo, deixar de ser uma forma de defesa pessoal, e se tornar uma arte de competição, com muita plasticidade e beleza, mas com pouca ou nenhuma efetividade real. Inclusive com muito investimento estatal nestes estilos, para incentivar a adoção dessa forma de arte com perfil mais folclórico. Décadas depois os praticantes repetem essas mesmas técnicas mecanicamente, sem saber que são movimentos criados apenas para competição e não para realidade das ruas, o que torna muito perigoso, principalmente para o lutador de rua.



Ciência Marcial


Hoje vários grupos de ensino de defesa pessoal incorporaram uma visão científica aos seus cursos: conhecimento em psicologia para poder analisar a situação gestual do seu oponente, em uma escalada de violência, para saber se deve ou não negociar, fugir ou combater; anatomia e fisiologia humana conhecendo os verdadeiros pontos vitais; noções de criminologia; para saber como a mente dos criminosos funcionam e como atuam; conhecimento ético e legislativo para que seu aluno saiba agir dentro da cidadania, e muitas vezes até mesmo conhecimento em armas de fogo, já que é um absurdo você pensar em aulas de desame de armas se nem mesmo conhece o objeto. Graças a essa evolução esses cursos táticos estão muitos mais acessíveis.

Sanford Strong foi policial durante 30 anos nos Estados Unidos, e professor de sobrevivencialismo urbano, em seu livro, Defenda-se, Manual de Sobrevivencialismo Urbano, ele cita um comentário de um amigo seu também professor defesa pessoal e policial, sobre instrução de defesa pessoal levando em conta cenário real:


"David Dye é membro do departamento policial de Costa Mesa desde 1967. As principais revistas de artes marciais já escreveram sobre ele, costuma aparecer nas principais redes de TV e é uma autoridade regularmente citada. Na qualidade de faixa-preta de oitavo grau que esta no Hall da Fama das Artes Marciais de todo o mundo, ele ainda dirige sua própria escola.” De Acordo com Dye:


“As Artes Marciais exigem tempo de disciplina - seis anos para conquistar a faixa preta do caratê, com muito suor. Se quiser alguma coisa mais fácil e rápida, as artes marciais não são pra você. Artes Marciais e sobrevivência a crimes são disciplinas muito diferentes. As técnicas de artes marciais vêm sendo usadas desde os séculos 17 e 18. As situações que envolvem crime hoje são muito diferentes e também o tipo de armas usado. Um instrutor de artes marciais que também ensina técnicas de sobrevivência a crimes precisa adaptar as formas tradicionais de tais artes ao mundo atual. Poucos instrutores são peritos nesses dois campos. A eficaz defesa contra o crime requer a criação de cenários de crimes da vida real. O treinamento tem de ser tão real e direto quanto possível, de modo que os alunos se lembrem dele sob a tensão gerada por um ataque de surpresa.


O Objetivo da minha escola é ensinar tanto o lado 'artístico' como o lado 'prático' do assunto, mas sempre separados. O dojo é um ambiente controlado, a rua é tudo, menos isso. Uma vez participei de um seminário de artes marciais para instrutores. O líder do evento puxou uma calibre 12 e a carregou com cartuchos - mas ninguém sabia que eram de festim. Ele se aproximou de um faixa-preta de sumô, encostando a arma em seu rosto. Todos os faixa pretas do recinto ficaram paralisados. Aquele instrutor, com o rifle, deu um pouco de realismo a reunião".


Assim, analisando o trecho acima, a defesa pessoal com certeza evoluiu ao longo da história, e tomaram vários direcionamentos, para aqueles que o foco não é competição ou demonstração de qualquer tipo, que querem apenas se sentir seguros, caso seja necessário se protegerem ou sua família, devem procurar aquelas que evoluíram levando em conta a violência de nosso tempo, pois como eu sempre gosto de falar você tem o direito, o dever e a responsabilidade de proteger a sua integridade física, mental e moral, e dos seus entes queridos, e a Constituição é garantia desse direito, não deixe para quando o lobo chegar.


Lembre-se: O sobrevivencialista e combatente urbano faz seu próprio caminho, é o seu próprio mestre, não procure por um Mestre Yoda pra chamar de seu. Seja questionador, faça cursos em lugares credenciados com profissionais com experiência em área de segurança. Afinal autodefesa é um investimento para proteger a sua vida e daqueles que o cerca.

Espero que tenham gostado. Dúvidas, sugestões, deixem nos comentários. Se gostaram de um curtir e compartilhem. Semper fi.


Prof. Marcos Antônio Ribeiro dos Santos


Colaboração:

Dr. David S.


E não esqueça de visitar nossa biblioteca sobrevivencialista virtual, clicando na imagem abaixo:



Sobreviva à tudo e à todos. Seja o seu próprio Mestre. Autodefesa levada à sério









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