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Alienação cultural: Arquétipos, simbologia, e controle de massas


Recentemente assisti a primeira tempoda da série The boys e sinceramente foi uma agradável surpresa. De forma ácida, contundente e cínica expuseram utilizando a estética do mundo dos super heróis o funcionamento do controle das massas por meio de seus ídolos midiáticos. O controle de tendências e até da opinião pública, indo desde consumismo, banalidades de moda até assuntos que vão assuntos que vão conduzir o rumo do país. Comparações com a nossa realidade onde atores, jogadores, humorístas que criam movimentos, estilos e gostos e até mesmo entram para política devido a sua popularidade e legiões de fãs e ditam o rumo do país é inevitável. Mas é possível diante de um mundo povoado por símbolos e manipulação de forma tão densa o sobrevivencialista consegui se livrar do rebanho e viver sua autonomia? É o que veremos nesta postagem.



Alienação cultural e a ovelhização das massas


A Indústria Cultural midíatica ou o terceiro setor buscam padronizar e homogeneizar os produtos, para que possam ser consumidos e atingir o maior numero de pessoas possível, e para isso costumam associar ídolos midiaticos com sua marca e com isso desenvolvem conceitos lógicos totalmente questionáveis, descabidos e relativos na cabeça do consumidor, onde carísma e fama é visto como referência de opinião. Se o jogador de futebol ou ator tal é associado a uma  então a marca, empresa ou opinião na cabeça do telespectador   tal marca, empresa ou opinião começa a ter valor.


Por que uma faculdade é boa por que tem a foto de um jogador famoso sorridente no banner? Por que uma bolacha ou refrigerante pode ser melhor por que tem um ator ou atriz famosa da novela do horário nobre no comercial? Isso pode ser ainda mais complicado e essa percepção equivocada do consumidor/cidadão pode ficar mais perigosa quando esses ídolos entendem este apelo e procuram alcançar posições de mando dentro da sociedade. Casos como Tiririca, o jogador Romário entre outros.

Comemoração pela não aprovação do decreto para facilitar a posse de arma para o cidadão.



Kitsch


Kitsch é o termo usado para denominar uma nova forma de arte: a pseudo-arte. Com o surgimento da nova classe média e a grande demanda informacional, tornou-se necessário à cultura e a arte uma adaptação ao seu novo público e a produção em massa. para a professora universitária e autora Catherine Lugg, o kitsch é "uma poderosa construção cultural planejada para colonizar a consciência do receptor. Como tal, o kitsch é a bela mentira. Ele reassegura e conforta o receptor através da exploração de mitos culturais e de um simbolismo rapidamente compreensível.... nunca desafia nem subverte a ordem social maior, porque ele deve pacificar, e não provocar".


Um exemplo deste uso é na elaboração de campanhas eleitorais, que se valem de uma vasta panóplia de símbolos patrióticos, de imagens tocantes do povo sofrido, de slogans bombásticos mas essencialmente vazios, de oradores carismáticos, de jingles sedutores e facilmente memorizáveis, de promessas que muitas vezes jamais serão cumpridas, de evocações mitificadas de um passado nacional ou partidário glorioso e de profecias sobre uma brilhante utopia social, exigindo nada dos eleitores senão uma tácita complacência desprovida de qualquer senso crítico, bombardeando o público através de agressiva propaganda em veículos de comunicação de massa como a televisão e o rádio. Neste sentido, o kitsch equivale a uma lavagem cerebral e à política do pão e circo.

Um bom exemplo vimos em 2014, o deputado Tiririca em sua campanha para reeleição fez uma paródia do filme Star Wars aproveitando a onda nerd que já vinha crescendo naquela época, tentando captar o carismo da obra cinematógráfica junto aos fãs. O cientista politico americano Murray Edelman observou que essa multidão de símbolos, inculcada sobre as pessoas desde a infância, e aqui se patenteia a influência da estética kitsch na educação , é eficiente porque "se tornam aquela faceta da experiência do mundo material que lhe empresta significado", mesmo que tais símbolos possam não ter uma base factual verdadeira e possam contribuir para a manipulação da opinião pública e para o declínio da faculdade crítica da população, minando o exercício da cidadania consciente.



Consumidor consumido?

Consumidores, eleitores ou simplesmente gados de um sistema de controle já traçado? Onde cortes de cabelos, roupas, marca de celulares, inclinação politica são definidos pelo terceiro setor buscando e criando ídolos e consequentemente segmentos que devem ser seguidos como uma verdade. Filosofia, religião, politica, tudo captalizado e gerido de uma forma que pareça coerente e acessível as massas porém são apenas facetas da realidade que lhes são oferedicas, produzidas para conduzilos as "verdades" que são mais interessantes para quem está no poder.


Justiça, ética, moral, e demais conceitos axiológicos são produtos oferecidos prontos e consumidos mais prontamente ainda pela mídia através de seus ídolos  por um publico não reflexivo que preferem deixar essas questões para "especialistas". Não querendo a responsabilidade sobre a própria vida, o consumiror lança mão sua vida e de sua "opinião" para pessoas que jugam mais vividas, mais preparadas ou pelo menos assim se parecem nas telas. Não percebem ou mesmo se importam sedará certo ou não,pois se der errado não foi "culpa dele" mas daquele "cara que parecia legal na TV".


Nós sobrevivencialistas temos que estourar essa bolha afinal somos atingidos contatemente: centenas de artistas caristmáticos contra a posse da arma de fogo, a favor de vitimização de classes, criando verdadeiras doutrinação do fraco contra o forte. Devemos saber separar o que é útil, o que vai realmente nos ajudar em nossa jornada, buscar conhecimento e não ídolos. Conhecer doutrinas e não doutrinadores. Buscar ser usua própria luz e não uma mariposa atrás de cada facho luz chegando a morrer queimada.


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Prof. Marcos Antônio Riberio dos Santos




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