Japoneses são fãs de filmes de Tokusatsu, onde vemos monstros gigantes, os Kaijus, destruindo prédios, causando terremotos, matando milhões, com seus raios e labaredas de fogo. Pode se dizer que esses monstros funcionam como metáforas dos cataclismos presentes na história do Japão. O país é um arquipélago de 6.852 ilhas, já passou por guerras, explosões atômicas, diversos terremotos, tufões, gigantescas crises financeiras, e tsunami.
O mais impressionante a forma que esse povo sempre se ergue dos destroços, e continuam só que mais mais fortalecidos e preparados. Esse exemplo de resiliência e antifragilidade é sem duvida uma lição para o mundo e principalmente para nós sobrevivencialistas e preparadores urbanos.
Nessa postagem vamos conhecer um pouco a forma que esse povo encara mudanças drásticas, e qual a sua base mental para suportar essas provações. Mesmo a natureza é violenta no Japão, um país de tufões, vulcões e terremotos.
Se erguendo das cinzas
O Japão, antes do final da Segunda Guerra Mundial, já estava praticamente derrotado e sem forças de continuar no conflito, mas como uma forma de demonstração de poder, os Estados Unidos decidiram usar a recém-criada bomba atômica no país.
Para mostrar ao mundo, especialmente à outra grande potência mundial, a União Soviética, que liderava o chamado bloco comunista, como era poderosa sua nova arma, os Estados Unidos não hesitaram em atirar duas bombas atômicas em duas cidades japonesas, Hiroshima e Nagasaki.
Os bombardeios ocorrem entre 6 e 9 de agosto de 1945, e entraram para a História como uma demonstração de como a guerra pode ser considerada terrivelmente cruel, já que milhares de pessoas foram mortas pelos ataques.
As bombas receberam nomes: Little Boy (matou mais de 140 mil pessoas), que foi lançada em Hiroshima dia 6 e Fat Man (matou mais de 80 mil pessoas), que foi lançada em Nagasaki no dia 9.
Hiroshima Hoje
No entanto, apesar de ter duas cidades importantes completamente devastadas pelas duas bombas atômicas que foram lançadas num intervalo de apenas três dias, o fato é que o Japão conseguiu se reerguer economicamente rapidamente.
Com planos econômicos que buscavam desenvolver rapidamente as indústrias de base e também tecnológicas do país, o Japão seguiu realizando intercâmbios com algumas das nações mais importantes do ocidente, para ter insumo para realizar este desenvolvimento.
Com isto, a indústria automobilística se desenvolveu rapidamente, com a produção de carros de passeio e de transporte leve que foram exportados para diversos países do mundo.
E a indústria tecnológica também, com a criação de diversas empresas importantes, que passaram a desenvolver parte do que hoje se entende como uma das economias mais importantes do mundo, que conseguiu se reerguer em menos de 40 anos.
Terra e Água destruição e renascimento
O Japão é um país asiático que ocupa uma área de 377.801 quilômetros quadrados e possui 126,9 milhões de habitantes. Seu território, localizado no limite da placa tectônica Euroasiática Oriental, é afetado constantemente por terremotos, um em cada cinco terremotos no mundo com magnitude superior a 6 graus na escala Richter atinge o Japão.
Esse fenômeno se deve a uma zona de convergência entre as placas do Pacífico, Euroasiática Oriental, Norte-Americana e das Filipinas, formando o “Círculo de Fogo do Oceano Pacífico”. O constante encontro entre esses blocos origina uma área de instabilidade tectônica, desencadeando terremotos, tsunamis e intensa atividade vulcânica nessa porção do globo.
Diante desse cenário, o Japão proporciona treinamentos para a população de como agir durante os terremotos e desenvolve recursos tecnológicos para serem empregados na construção civil que possam minimizar os danos causados pelos abalos sísmicos. Essas ações fazem do Japão o país mais preparado para enfrentar esses fenômenos naturais.
Contudo, no dia 11 de março de 2011, o país não conseguiu conter a ação destrutiva de um terremoto de 9 graus na escala Richter que atingiu a costa leste do país. O 5º maior terremoto já registrado na história De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o abalo sísmico teve seu epicentro no Oceano Pacífico, a 24 quilômetros de profundidade e a 160 quilômetros de distância da costa leste japonesa.
Esse foi considerado o pior terremoto do Japão e o quarto pior do mundo. Réplicas de magnitude superior a 5 graus também foram registradas. O tremor formou um tsunami com ondas que atingiram até 10 metros de altura e 800 Km/h, devastando cidades e vilarejos, em especial Sendai, situada na ilha de Honshu. As ondas desse tsunami chegaram ao Havaí, Filipinas, Indonésia e Estados Unidos.
As consequências do terremoto no Japão foram arrasadoras: milhões de residências ficaram sem energia elétrica, dezenas de construções incendiaram, veículos e casas foram arrastados pela água, pontes foram destruídas, plantações ficaram alagadas, houve vazamento de vapor radioativo de uma usina nuclear, entre outros danos. Segundo a Polícia Nacional, 9.079 pessoas morreram e milhares ficaram feridas.
Em 11 de março de 2011, uma tragédia atingiu o oriente. Tudo começou quando O Japão foi atingido pelo 5º maior terremoto já registrado na história que desencadeou um mega tsunami e 30 outros tremores. 15,846 de pessoas morreram, 3,320 continuam desaparecidas e o país ficou num estado lastimável.
Este vídeo mostra as imagens da tragédia:
Uma Agência Especial de Reconstrução foi criada pelo governo para administrar um fundo de 245 bilhões de dólares, bem como agilizar o processo para ajudar os municípios, estabelecer zonas especiais de reconstrução e fornecer subsídios para as áreas mais afetadas pelo desastre.
Ainda há muito o que fazer, porem os resultados do trabalho já se mostram incríveis.
Veja como o Japão foi reconstruído nos 11 meses desde o terremoto e tsunami:
Acostumados a pequenos tremores quase diários, os japoneses são a população mais preparada e treinada para enfrentar terremotos e tsunamis.
As normas de construção são as mais severas do mundo. Prédios possuem molas e amortecedores -- o balanço evita rachaduras e desabamentos. Várias cidades costeiras possuem portões para bloquear tsunamis.
E o mais importante: os japoneses são educados para saber o que fazer em caso de alerta sobre terremotos e tsunamis. O treinamento começa cedo nas escolas e o resultado de tanto investimento ficou claro hoje.
Em 2004, ondas de dez metros provocadas por um terremoto de nove pontos na escala Richter mataram mais de 200 mil pessoas na Indonésia, Sri Lanka, e Tailândia.
Muitos mortos eram turistas ou pessoas habitando as áreas junto ao Oceano Índico que não sabiam o que vinha, nem que o mar recuando é prenúncio de uma onda gigante.
No nordeste do Japão, arrasado por um terremoto de magnitude semelhante ao de 2004, o primeiro balanço indica um número de mortos relativamente menor, mesmo considerando a diferença de áreas atingidas.
A lição japonesa vem do aprendizado de tragédias anteriores. Não é possível evitar terremotos e tsunamis. Mas é possível preparar-se.
Qual a base cultural do cidadão japonês?
Para entendermos melhor esse espírito guerreiro e sobrevivencialista desse povo, precisamos entender a formação cultural do cidadão japonês desde a infância. Os valores, consciência social , a importância da família, o respeito aos ancestrais, nunca mostrar fraquezas e sempre procurar a superação autossuficiência são implantadas nas crianças desde cedo. E são valores já trazidos desde o Japão feudal, os esportes e valores culturais dos guerreiros samurais são implantados na educação das crianças para carregarem em suas vidas: honestidade, honra, disciplina, benevolência, dever, autocontrole, prontidão. A tradição é passada de geração em geração. Agora vejamos abaixo a diferenças principais ao perfil do povo brasileiro.
1. Família & Sociedade
É grande importância para a família as crianças estarem em contato constante com os avós e outros parentes. A relação entre as gerações é permeada de carinho e atenção, e a opinião dos idosos é levada muito em consideração.
As crianças japonesas são muito bem educadas, amáveis, amistosas e poucas vezes perdem o controle sobre os próprios sentimentos, e aprendem acima de tudo o valor da família e de seus ancestrais. Na educação da familiar por meio do princípio conhecido como, ”ikuji“ diz que tudo é permitido para uma criança menor de cinco anos. Isso não acontece para que o pequeno seja mimado, e sim para criar nele a noção de que ”sou bom e sou amado".
O objetivo por trás dessa filosofia é criar um membro da sociedade coletiva, onde os interesses pessoais ficam em segundo plano. Assim dessa forma para evitar o estresse, os pais japoneses tentam criar nessas condições uma pessoa harmoniosa, que possa encontrar seu lugar no sistema sem subestimar seu próprio valor. Sem dúvida espírito de trabalhar em grupo, uma metodologia muito eficiente de enfrentar obstáculos.
O especialista na cultura oriental russo G. Vodostokov escreveu no começo do século passado: “Nada de reclamações, nada de rigor: a pressão sobre as crianças é exercida de forma tão suave que parece até que os pequenos se criam sozinhos, e que o Japão é um paraíso infantil, onde nem sequer existem frutos proibidos“. Isso por que o objetivo é realmente torná-los autosuficiêntes. Princípio ”ikuji“ (quando a criança “primeiro é deus, e depois criado”). Em contra partida no Brasil a desagregação familiar é cada vez maior, se registrou nos dez primeiros meses do ano passado, 63.090 denúncias de violência contra a mulher, o que corresponde a um relato a cada 7 minutos no País. Os dados são da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República.
Disque 100 recebeu, em 2015 e 2016, 37 mil denúncias do crime com pessoas de até 18 anos. A maioria das vítimas eram meninas. Apenas em 2016 foram 17,5 mil casos.
A maior parte das denúncias é referente aos crimes de abuso sexual (72%). Programações da TV onde os valores familiares são destruídos, não chegam a chocar o povo brasileiro que já possuí um código moral frouxo.
Pai e filha se acariciando no programa Reality Show Big Brother Brasil, uns dos programas de maior audiência assistido pela população brasileira.
2 - Escola, cada um tem o seu valor dentro da coletividade.
Curiosamente, as escolas japonesas valorizam não apenas a educação, mas também a criação. Não existindo concorrência, ninguém é melhor nem pior. O professor nunca elogia os melhores alunos nem reclama com os piores, assim como não se queixa com os pais de uma criança que desenha mal ou corre mais devagar que os outros. No país, não há o costume de destacar alguém do grupo. A concorrência não existe nem nos eventos esportivos.
Crianças japonesas ajudando a limpar a escola (consciência social e espírito de grupo).
Aqui vamos mostrar as principais diferenças bases do Japão em relação a nossa cultura. Os japoneses são treinados desde a mais tenra idade para serem independentes e responsáveis com seus objetos pessoais. Ir para a escola sozinhas (desacompanhada dos pais) faz parte da rotina das crianças assim que saem do jardim de infância (Youchien). Elas seguem para a escola em pequenos grupos, sempre supervisionadas por um adulto, que as orientam em cruzamentos mais perigosos.
Dentro das escolas, não são poucas as atividades que visam a independência dos alunos como aulas de culinária, de costura, cuidar de hortas e tarefas do domésticas. Desde cedo, aprendem que se sujar tem que limpar, pois são eles próprios que ajudam a fazer a faxina dentro das dependências da escola, inclusive o banheiro.
Segundo o livro “Criação no estilo japonês“ Por lá, ou “ganha a amizade ou ganha um dos times”, escrito por especialistas em cultura e história do Japão que moraram e trabalharam no país.
Geralmente, a mãe é quem se ocupa da criação dos filhos. Ela passa muito tempo com as crianças, pois os japoneses não veem com bons olhos a prática de matricular uma criança com menos de três anos no jardim de infância. E também não existe o hábito de deixar o filho com a avó nem de contratar babás.
Mesmo aqui no Brasil podemos ver a objetividade e seriedade desse povo, de acordo com uma pesquisa feita com dados da USP e Unesp: de1,2% da população da cidade de São Paulo, os descendentes de japoneses são menos de 4% nos inscritos no vestibular e cerca de 15% nos aprovados.
Nas carreiras mais concorridas, como Medicina e Engenharia,eles chegam a representar, em média, 15% e 20% dos estudantes matriculados, respectivamente. A explicação para esse rendimento, ainda segundo a pesquisa, está relacionada com fatores culturais emotivacionais, como a alta valorização do conhecimento e do ensino formal entre essas famílias.
A preocupação nos sistema de ensino no Brasil ao contrário do Japão não é inaltecer os valores morais e cívicos, ou ainda passar conhecimento. Nas escolas brasileiras o objetivo é outro: Segundo pesquisas muitos jovens terminam o ensino fundamental sem saber ler ou escrever, em compensação há um investimento pesado em cultura de gênero, que diferentemente do Japão vai contra a família tradicional, ensinado que menino e meninas podem mudar a sua identidade sexual.
No Brasil, ainda há o incentivo por meio de verba federal junto a ONGs e Associações onde as crianças aprendem os valores da cultura marginal, seguindo um caminho de validação da vida no mundo do crime.
No Brasil a profissão de professor é desconsidera pelo Estado e sociedade. Trabalhando em ambientes que os levam a desenvolverem uma série de doenças devido o estresse e ainda apanham dos alunos e sofrem ameaças dos pais.
E ainda há os professores favoráveis a sexualização dos jovens nas escolas.
Professora colocando camisinha no aluno com a boca.
3. Haji – Vergonha Moral
Devido a esse cultivo da tradição familiar, respeito aos valores sociais, os japoneses no geral sentem muita vergonha diante de atos indecorosos. Mas o conceito desse sentimento no Japão é algo raramente visto em outros países. Nos tempos dos samurais, a vergonha e a honra era lavada através de rituais suicidas como Seppuku (suicídio em que o indivíduo dá uma facada no estômago).
A prática não existe mais, mas seu conceito ainda prevalece na sociedade japonesa. O termo Haji Shirazu pode ser traduzido como “não ter vergonha na cara” e é considerado uma acusação grave no Japão. Por isso, a maioria da população nipônica tem a preocupação de manter uma boa conduta e não violar regras sociais. Porém, de vez em quando sai na mídia casos de políticos ou celebridades que se envolveram em algum tipo de escândalo. Pedir desculpas publicamente é uma obrigação moral. Em alguns casos, a pessoa envolvida no escândalo se retira do cargo. Há casos ainda em que a pessoa comete suicídio como forma de redenção. No Brasil vemos, por meio de cenas como essas abaixo, total falta de compreensão de conceitos morais, cívicos e familiares, sem duvida uma cultura voltada a formação familiar teria uma grande diferença em nosso país. Mas infelizmente a desconstrução e a formação de uma sociedade tribalista e amoral é incentivado pelo governo.
4. Yamato Damashii
Existe um outro termo japonês, "Yamato Damashii", que pode ser traduzido como “Espírito Japonês” ou “Alma do Japão”. Trata-se de um conceito genuinamente japonês, que pode ter várias interpretações. Pode estar ligado ao patriotismo, orgulho da terra onde nasceu ou a um sacrifício ou ato heroico que uma pessoa pode fazer em prol do seu país.
Alguns podem interpreta-lo como “doar-se ao máximo” ou “evoluir-se espiritualmente”. Se caracterizando por um conjunto de virtudes, como persistência, força de vontade e honra que reflete na conduta do individuo e que ajuda a formar seu caráter.
Os valores dos samurais, como vimos acima são até hoje presentes como base para criar membros úteis e autossuficientes, são os heróis, para se espelharem na criação do seu caráter.
No Brasil inversamente personagens históricos como o cangaceiro ladrão e estuprador Lampião são admirados, ganham museus, musicas, filmes, contos populares sendo são homenageados, mesmo tendo atacado o povo miserável roubando, estuprando os moradores dos vilarejos. São considerados heróis revolucionários pela contra cultura pois são considerados excluídos sociais que se faziam valer pela força perante a policia e consequentemente o estado. Assim como grupos comunistas da década de 60 que praticavam atentados matando e sequestrando pessoas, são homenageados como heróis que lutaram contra "a ditadura".
Não é a toa Pelo 13º ano seguido, a criminalidade no Japão está caindo. Existem cabines de polícia espalhadas por toda a cidade de Tóquio. São chamadas de koban, servindo a uma população de mais de 13 milhões de pessoas, não deveria faltar trabalho aos policiais.
Mas eles são acionados, quase sempre, para ajudar gente perdida a encontrar um endereço ou receber carteiras, bolsas, achadas nas ruas. Não passa muito disso.
Os índices de criminalidade no Japão estão em queda há 13 anos. Os dados de 2015 foram divulgados agora em novembro. Em relação a 2014, o total de crimes caiu mais de 9%. Os homicídios ficaram abaixo de mil, uma redução de 11,5%.
Isso significa que, enquanto o Brasil possui uma taxa de homicídios de 27 vítimas para cada 100 mil habitantes, no Japão a mesma taxa é de 0,73.
Em 2015, armas de fogo provocaram a morte de cinco pessoas no Japão todo. Em 2014, foram 15 casos.
Segundo as autoridades, contribuiu para essa queda nos índices de violência a utilização de câmeras de vigilância nas ruas. Tudo isso criou um quadro que pareceria impossível numa grande cidade. E segundo depoimento de policiais, o máximo de risco que um policial normalmente corre é enfrentar bêbados.
No Brasil 65. 000 mortes por ano. A mesma pesquisa do Ipea, citada anteriormente e feita a partir de dados de 2011 do Sinan, estima que no mínimo 527 mil pessoas são estupradas por ano no Brasil e que, destes casos, apenas 10% chegam ao conhecimento da polícia. Os registros do Sinan demonstram que 89% das vítimas são do sexo feminino e possuem, em geral, baixa escolaridade. Do total, 70% são crianças e adolescentes. Em maio de 2017, uma pesquisa do instituto Datafolha indicou que aproximadamente um em cada três brasileiros já teve um parente ou amigo que foi assassinado
A cada um minuto e um segundo, um brasileiro teve o seu veículo furtado ou roubado em 2015. É o que revela o 10º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Segundo o estudo, 509,9 mil veículos foram perdidos em 2015. O levantamento foi feito a partir de dados fornecidos pelas secretariais estaduais de segurança dos estados com base na Lei de Acesso à Informação IBGE: 11,9 milhões foram vítimas de roubo em um ano.
5. Inteligência empresarial
Princípios e valores éticos estão profundamente enraizados na cultura japonesa. Nas empresas por exemplo, existe uma espécie de modelo criado em 1933 por Konosuke Matsushita, fundador da empresa Matsushita Electric Company, que é considerado por muitos japoneses como o “pai da gestão empresarial”.
O empresário Matsushita era conhecido por tratar seus funcionários, como se fossem da sua família. Seu modelo de gestão, chamado de “7 Princípios Orientadores” ou “Sete Espíritos de Matsushita”, ajudou sua empresa a desenvolver e a prosperar e hoje serve como base de gestão para muitas outras empresas japonesas:
1. Atendimento ao público: Fornecer bens e serviços de alta qualidade a preços razoáveis, que contribuem para o bem-estar do público;
2. Justiça e honestidade: Ser justo e honesto em todos os negócios e ter uma boa conduta pessoal;
3. Trabalhar em equipe: Reunir habilidades, baseados na confiança e no respeito;
4. Se esforçar sempre para melhorar: Lutar constantemente para melhorar as performances empresariais e pessoais;
5. Cortesia e humildade: Ser sempre cordial, modesto e respeitar os direitos e necessidades dos outros;
6. Respeitar as leis da natureza: Respeitar as leis da natureza, ajustando-se às condições ao redor;
7. Gratidão pelas bênçãos: Ser sempre grato por todas as bênçãos que recebe”. Em relação ao empregados japoneses, são muito fieis para empresas com as quais trabalham, não tendo o hábito de mudar de empresa. Preferem fazer uma carreira vitalícia na empresa onde começou a trabalhar e lá ficam até se aposentarem.
As mulheres ainda são minoria em cargos de liderança no Japão. Boa parte delas, não fazem carreira dentro das empresas e nem tem um emprego efetivo. A maioria das mulheres casadas buscam trabalhos temporários (arubaitos). Esse fato se deve às raízes culturais, onde a mulher costuma deixar o emprego após a maternidade, para se dedicar exclusivamente a família.
No geral os japoneses se dedicam com afinco ao trabalho. A média de horas trabalhadas por assalariados no Japão é de 2450 horas ao ano, o que é elevado em comparação com outros países como Estados Unidos (1.957 horas ao ano), Reino Unido (1.911 horas ao ano), Alemanha (1.870 horas ao ano) e França (1.680 horas ao ano).
No Brasil uma grande parcela da população não trabalha vivendo através de programas de bolsas. Um em cada quatro brasileiros está no Bolsa-Família. São 45,8 milhões de beneficiados.
O contingente de desempregados no país aumentou em 1,47 milhão de pessoas de 2016 para 2017, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad Contínua), divulgada hoje (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O total de desempregados passou de 11,76 milhões na média de 2016 para 13,23 milhões em 2017, um aumento de 12,5%. E como se não bastasse grupos ligados a movimentos sociais disseminam a ideologia retrógrada de luta entre classes onde o empresário é visto como um mal na sociedade.
A economia do Japão ainda está se recuperando do impacto do crash de 1991 e as posteriores décadas perdidas. Levou 12 anos para o PIB japonês se recuperar ao mesmo nível de 1995.
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