top of page
  • Foto do escritorMarsurvivor

Darwinismo Social: Antifragilidade X resiliência



Sobrevivência dos mais aptos. A base da sobrevivência como sabemos é o fortalecimento mental frente as adversidades da vida. Conceitos como a resiliência não é mais suficiente para o homem moderno, pois não basta apenas resistir a crise mas também aprendermos e evoluirmos a partir dela sendo este o conceito de antifragilidade que veremos nesta matéria.



Frágil,resiliente, antifrágil

Na natureza de acordo com teoria da evolução da espécie as espécies adaptadas a mudanças sobrevivem, e na sociedade humana isto não é diferente.

Darwinismo social é um nome moderno dado a várias teorias da sociedade, que surgiram no Reino Unido, América do Norte e Europa Ocidental, na década de 1870. Trata-se de uma tentativa de se aplicar o darwinismo nas sociedades humanas. Descreve o uso dos conceitos de luta pela existência e sobrevivência dos mais aptos.Mas tal conceito pode ser aplicado em nossa sociedade atual. Para isso vamos entender os conceitos de frágil, resiliente  antifrágil:


Frágil: É aquela pessoa que vive como se não houvesse perigo ou maldade a sua volta, não procura qualquer forma de preparação: psicológica ou fisicamente. Preferem viver em estado de negação acreditando que nada de mal acontece com pessoas boas, ou que estarão sempre protegidas por um poder superior. São pessoas que ao verem em uma situação de crise entram em desespero ou se tornam um perigo para si e ou para as pessoas a sua volta. São as famosas ovelhas descritas pelo tenente coronel Dave Grossman, ou em outra descrição os hoplofóbicos que não se preocupam e não querem a responsabilidade de sua própria segurança.


Resiliente: Aquela pessoa que apesar de todas as feridas emocionais ou físicas ele sempre se cura, e está pronto pra outra, como o mito da fênix sempre ressurgindo das cinzas.



Antifrágil: Imagine se a cada crise você não apenas resistir e se curar, mas com o aprendizado ficar ainda mais forte e se tornar um ser ainda mais poderoso. Assim como a mitológica hidra de Lerna que quando perdia a cabeça nascia outras duas no lugar se tornando um monstro ainda mais poderoso. A antifragilidade é um conceito desenvolvido pelo professor Nassim Nicholas Taleb em seu livro Antifragile e em documentos técnicos. A antifragilidade é uma propriedade dos sistemas que aumentam a capacidade de prosperar como resultado de estressores, choques, volatilidade, ruído, erros, falhas, ataques ou falhas. Como Taleb explica em seu livro, a antifragilidade é fundamentalmente diferente dos conceitos de resiliência (ou seja, a capacidade de se recuperar de falhas) e robustez (ou seja, a capacidade de resistir a falhas). O conceito foi aplicado na análise de risco, física, biologia molecular, planejamento de transporte, engenharia, aeroespacial (NASA), e ciência da computação. Pegando um exemplo da cultura pop lembre-se da personagem Carol de The Walking Dead, uma mulher de meia idade extremamente frágil física e emocionalmente, vítima de violência doméstica que não era capaz de proteger a própria filha dos abusos do marido. ao longo da série está personagens depois de tantas perdas pessoais não se torna apensas forte, mas uma das mais fortes e mortais integrantes da equipe, uma verdadeira guerreira.



A mesma transformação vemos no personagem Rick Grimmes, um policial pacato e extremamente bonzinho se tornou um líder pronto pra fazer qualquer coisa para proteger o seu grupo e seus entes queridos.


A antifragilidade é definida como uma resposta convexa a um estressor ou fonte de dano (para algumas variações), levando a uma sensibilidade positiva ao aumento da volatilidade (ou variabilidade, estresse, dispersão de resultados ou incerteza), o que é agrupado em a designação "cluster de desordens"). Da mesma forma, a fragilidade é definida como uma sensibilidade côncava aos estressores, levando a uma sensibilidade negativa para aumentar a volatilidade. A relação entre fragilidade, convexidade e sensibilidade à desordem é matemática, obtida pelo teorema, não derivada da mineração empírica de dados ou de alguma narrativa histórica.




Antifrágil versus resiliente

Usando novamente exemplos da ficção o personagem dos quadrinhos Wolverine representa o resiliente, não importa o que mande contra ele: cortes, tiros, explosões, ele sempre se cura.

Por outro lado o seu nêmesis nos quadrinhos, o incrível Hulk, sempre lemos em suas histórias uma frase que descreve bem o personagem: Quanto mais nervoso o Hulk fica, mas forte ele se torna". Ou seja não há limite para o poder deste personagem, não é por acaso que sempre vemos em histórias de confronto deste dois personagens o Wolverine sempre leva a pior.

Em seu livro, Taleb destaca as diferenças entre antifrágil  do resiliente:


“Algumas coisas se beneficiam de choques; eles prosperam e crescem quando expostos à volatilidade, aleatoriedade, desordem e estressores e amor, aventura, risco e incerteza. No entanto, apesar da onipresença do fenômeno, não há palavra para o exato oposto de frágil. Vamos chamá-lo de antifrágil. A antifragilidade está além da resiliência ou robustez. O resiliente resiste a choques e permanece o mesmo; o antifrágil melhora ”.


O antifrágil se adapta ao caos transformando ele na sua fonte de construção e evolução. Essa propriedade está por trás de tudo que mudou com o tempo: evolução, cultura, ideias, revoluções, sistemas políticos, inovação tecnológica, sucesso cultural e econômico, sobrevivência corporativa, boas receitas, a ascensão de cidades, culturas, sistemas legais, florestas equatoriais, resistência bacteriana ... até nossa própria existência como espécie neste planeta. A antifragilidade tem uma propriedade singular de nos permitir lidar com o desconhecido.

Pobre Wolverine, sempre leva a pior ao enfrentar o antifrágil Hulk.


Dúvidas? Sugestões? Deixem nos comentários. E nos ajude a lutar por uma internet livre onde possamos aprender e compartilhar conhecimento, sem restrição.

Prof. Marcos Antônio Ribeiro dos Santos

19 visualizações0 comentário

ความคิดเห็น


bottom of page